Comidailha
comi, escrevi.
domingo, 20 de maio de 2012
Nutrilanches
Em Armação tive poucas opções de comer fora e dentro de casa. Os mercados não eram lá grande coisa, como era de se esperar. O que me salvou foi o Nutrilanches oferecendo um armazém natureba cheio de secos e molhados interessantes e refeições baratas. Comida saudável e leve que me fizeram sorrir naquela temporada. Um destaque para salsão e abacate. Vale várias bocas.
quinta-feira, 17 de maio de 2012
Léka - sequência de camarão
Daí resolvemos dar uma volta à beira-mar, fizemos amizades, vimos o pôr-do-sol, foi bonito, e etílico. Saímos de lá com nosso chofer sóbrio e pedimos para ir comer na Barra da Lagoa. Ao chegar lá, nada aberto, nem carrinho de lanches, nem de pastel (onde este mundo vai parar?). Voltando pela Lagoa (mais uma vez): um restaurante aberto. Um restaurante simples, com decoração popular e garçons à moda antiga, ou antigos. Pedimos sequência de camarão para três, estávamos em quatro. Melhor custo-benefício da Lagoa. As porções são ok, o preço é justo mas a pimenta é industrializada. Camarões inteiros, muita comida, para uma refeição selvagem. Vale uma boca.
Grillo Bauru
Gostei do nome, tava quase tudo aberto por ali (centrinho da Lagoa), mas eu estava com fome, eu queria um bauru. (Isso deu uma música). Daí, entramos, eu mais três. Pedimos dois baurus da casa (feitos com contra fillet), uma porção de bolinho de siri e uma porção de mandioca frita. Chegaram os bolinhos, nada de especial, nada de siri, nada de nada, mas ok. Chegaram os baurus. O meu estava com o bife (aquilo não era contra) meio resistente, mas ok, a batatinha era boa e o pão quase bom. O da minha amiga estava com a carne inrasgável e inmastigável. Chegou a polenta frita: estava fantástica. Provavelmente um dos itens não feitos ali, industrializado. Pedimos para trocar o bauru, garçonete super solícita, nem fez cara feia. O bauru chegou, pior, e tão duro quanto. Os pratos mais caros foram os mais ruins comidos. Devíamos ter pedido batata e polenta e talvez mandioca e só. Não piso mais.
Mané Pizza
Estava eu a trabalhar em pleno Natal e Reveillón, e esqueci de comprar comida, esquecendo que eram feriados cristãos, onde cristãos e não-cristãos trabalham ou não. Acordei dia 25 e só tinha água e azeitona preta na geladeira. Eu precisava comer. Primeira tentativa: shopping, nada aberto, segunda: posto elma chips: nada aberto, terceira: centrinho da lagoa: Mané Pizza: eba! Entro e peço ao atendente que me dê o mais vendido da casa; é um pedaço de pizza indefinível de sabor. E caro, óbvio. Antes de comer o que mais me chamou a atenção foram as pessoas. Dia 25 de dezembro, horário de almoço, tinha famílias, casais, e quase ninguém sozinho (como eu estava). E nem cara de drogados eles tinham, nem que trabalhavam, eram mais do tipo obesos e\ou preguiçosos confiantes que o sistema não fosse tão cristão assim e existisse um restaurante decente para cear. A pizza nem poderia ser chamada assim, era um pedaço de uma massa industrializada altamente aziática (de dar azias) com um negócio cremoso e seco (como é possível isso?) por cima. Ah, e pingava óleo. Não vale um pé.
Na mesma linha: Restaurante Peixe Frito
Estava há alguns dias com uma grande amiga passando uma espécie de mini-férias comigo aqui, a levei todos os dias na Mole e Joaca, e já tínhamos cansado de comer no Nosso Bar. Era o último dia dela em Floripa, e, por idéia minha, trocamos o certo pelo duvidoso. Passei na Avenida das Rendeiras, e este restaurante muito popular, com música ao vivo - o Peixe Frito- me chamou a atenção. No meu raciocínio lógico, um lugar sempre lotado não pode ser horrível. Era um domingo à tarde de um dezembro ainda não temporada (2010) e pedimos o almoço.
Linguado grelhado ao molho de camarão. Pedimos nossas bebidas, o refrigerante dela veio com gelosujo de gelar bebida, com direito a mosca morta. Pedimos para trocar. Uns 15 minutos para trocar um copo, e dado ao movimento, nada justificou a lerdeza da garçonete, a não ser que ela fosse a cozinheira, o que descobrimos que não era o caso. Depois de mais de uma hora chega uma travessa com um filé de 350 gramas de peixe e um molho cor de catchup vagabundo diluído na maisena e 5 camarões do tamanho da unha do mindinho do pé de uma moça. Ok. Encaramos. O peixe não existia, existia uma massa de sal com consistência de papel molhado. Chamei a tal garçonete, expliquei o ocorrido, e tive compaixão, pois já trabalhei em cozinha. Aguardamos pacientemente, 47 minutos depois, chega a segunda travessa do mesmo prato, igualmente salgada, com mais molho e menos camarão (agora eram uns 3). A minha querida pegaria seu destino em menos de duas horas, já tínhamos demorado mais que o previsto para almoçar e se despedir. Chamamos a garçonete, que recolheu os pratos decepcionada e furiosa dizendo: "nunca vi isso na vida.." (aberto a questionamentos). Daí veio o dona do lugar, e seu marido era o cozinheiro, queriam nos dar um terceiro prato, mas não tínhamos mais tempo, nem de discutir. Nem estômago. Enfim, linguado é um peixe delicado sim. Mas nada justifica o descaso do lugar com a nossa presença. relatei o ocorrido à suposta dona, dei uma consultoria gratuita e ainda assim pagamos uma conta de quase R$100,00. Com o estômago roncando de fome, saímos e comemos no McDonald´s. Não piso mais lá. Não vale um pé.
Linguado grelhado ao molho de camarão. Pedimos nossas bebidas, o refrigerante dela veio com gelo
Primeira Delícia: Nosso Bar
Viajei até Florianópolis (quasemilkm) no meu cadillac (umpontozero) num novembro qualquer (2010), cheguei ao entardecer, alojei-me numa quitinete em Trindade e fui enfurecida ensandecida de fome comer qualquer coisa, com qualquer cerveja gelada, em qualquer canto mais perto do mar. Parei na Avenida das Rendeiras, na Lagoa da Conceição, e fui examinando o fluxo da cada casa naquela baixa temporada. Muitos restaurantes e bares fechados, os poucos abertos eram pomposos mas estavam às moscas (apesar do ar condicionado), e eis que surge uma esquina inusitada: Nosso Bar.
Sentei, e pedi uma Original e uma porção de lula à dorê. O atendimento foi super bacana, a cerveja veio rápido e bem gelada, e a porção demorou o tempo suficiente para o movimento do bar (que era quase nulo). E veio: um prato bonito com anéis de lula, sorrisos de limão, molho tártaro, pimenta (ressalva: industrializada) e azeite. Expectativa zero. Primeira mordida: fritura surpreendente, massa fina e sequíssima ao redor do anel de lula, tempero certo na medida certa e a carninha da lula no ponto exato, nunca tinha provado um ponto certo de lula fora de casa ou da faculdade de gastronomia. Nosso Bar ganhou meu estômago, e pelo que vi temporada adentro, não só o meu.
Voltei há pouco tempo para revivenciar o tesão, e, embora não tenha sido a emoção da primeira vez, a comida continua muito boa, porém mais cara e em menores porções. Vale a boca.
Sentei, e pedi uma Original e uma porção de lula à dorê. O atendimento foi super bacana, a cerveja veio rápido e bem gelada, e a porção demorou o tempo suficiente para o movimento do bar (que era quase nulo). E veio: um prato bonito com anéis de lula, sorrisos de limão, molho tártaro, pimenta (ressalva: industrializada) e azeite. Expectativa zero. Primeira mordida: fritura surpreendente, massa fina e sequíssima ao redor do anel de lula, tempero certo na medida certa e a carninha da lula no ponto exato, nunca tinha provado um ponto certo de lula fora de casa ou da faculdade de gastronomia. Nosso Bar ganhou meu estômago, e pelo que vi temporada adentro, não só o meu.
Voltei há pouco tempo para revivenciar o tesão, e, embora não tenha sido a emoção da primeira vez, a comida continua muito boa, porém mais cara e em menores porções. Vale a boca.
Apresentação\ Introdução
Estive muitas vezes em Florianópolis, sempre em férias e hospedada em algum hotel de luxo. Por ser muito nova não sabia que um dia poderia compartilhar minhas impressões alimentícias e muito menos que possuía um olhar crítico e um paladar refinado para tal. Há alguns anos, porém, tenho ficado em casas próprias ou alugadas, e tenho tido experiências interessantes em comer fora de casa. A princípio, porque confiava em um guia respeitável de restaurantes em cidades turísticas (guia 4 rodas-livro de papel e tinta, ainda não existia internet referência, google, gps). Depois, porque me aventurava, pois sou fã da gastronomia não convencional, a do tipo do boteco certo e relativamente sujo e primordialmente desconhecido, a qual qualquer fresco torceria o nariz e depois lamberia os dedos e os lábios. Agora, residindo em Florianópolis há um tempo, me sinto impelida a dar meu testemunho. E não vou me limitar a isso.
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